O
inverno é mais propício para se estar dentro de casa, seja no domicílio, seja
nas salas de trabalho, jardins-de-infância ou escolas. Por outro lado, o frio
leva à utilização de aparelhos que, em outros periodos do ano, estão guardados
nos armários, designadamente aquecedores, braseiras, botijas de água quente,
cobertores elétricos e também que se acendam lareiras e outros meios de calor.
O
perigo de queimaduras nessa época é grande, especialmente com o fogo. Claro que
um radiador de um aquecimento central pode causar uma queimadura, mas é raro
atingir temperaturas suficientemente elevadas. Contudo, um aquecedor fica muito
quente e, por exemplo, uma criança que começa a pôr-se de pé pode apoiar-se
nele, queimando as mãos e, depois, caindo e ainda se machucando mais. Acrescento
que, com os aquecedores, há uma falsa sensação de segurança, quer por parte da
criança, quer pelos próprios adultos, dado que o fogo “está longe” e não parece
tão “vivo”.
As
lareiras são um chamariz. Aliás, e falo por mim, com uma lareira acesa é
difícil fazer-se outra coisa que não olhar para ela e ter vontade de lhe mexer,
“retocando” os troncos, de cinco em cinco minutos. As chamas são fascinantes,
por várias razões que não podemos agora explicar, e uma criança de dois ou três
anos sentir-se-á muito atraída, podendo até, mesmo que não pondo as mãos
diretamente, querer imitar os adultos e pegar nos utensílios e mexer, ela
própria, nas madeiras – até porque vê o “fogo de artifício” amarelo e cor-de-laranja
que acontece de cada vez que se revolvem os troncos.
Podem
depois estes troncos cair, queimando-a ou até incendiando tapetes, chinelos ou
as próprias roupas da criança. As fagulhas naturais do crepitar da lenha, mesmo
perdendo energia no seu trajeto pelo ar, podem também atingir a criança com
suficiente temperatura para queimar ou, pelo menos, assustar, desequilibrar e
esta cair. Não esquecer, também, que lareiras significam centelhas e outros
aceleradores de combustão, como fósforos, por exemplo.
No
inverno todo cuidado é pouco.
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