Nestas ultimas semanas voltamos a presenciar as situações
vexatórias a que são submetidos os calouros universitários de Lages e, sabemos,
de quase todo pais, que se denominam “trotes”.
Encontramos jovens nos cruzamentos, sujos, marcados,
nominados de coisas idiotas, pedindo dinheiro para cumprir um ritual sem
qualquer lógica, e ainda esse dinheiro, quase sempre, será usado para adquirir
bebidas alcoólicas para os veteranos novamente, em um dia marcado, submeterem
os jovens a novas humilhações.
O pior de tudo isso é que as autoridades estudantis não
fazem nada para mudar esse contexto. Não adianta toda a pompa das formaturas,
com Magníficos Reitores em suas vestes talares as presidindo, se nos meses
subsequentes o nome da Universidade é manchado com essas práticas, que são
desumanas e ilegais.
Submeter alguém a humilhação pública é proibido em
praticamente todos os textos legais do nosso nação, em especial na Constituição
Federal de 1988, onde se estabeleceu O "Princípio da dignidade da pessoa
humana" como um valor moral e
espiritual inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito,
e tal constitui o princípio máximo do estado democrático de direito.
Ora, partindo desse principio não se entende como as
autoridades, sejam públicas ou estudantis, ainda permitem o trote na forma que
vi na sexta-feira passada (21/03/2014), por volta das 19 horas, nos fundo do
Supermercado Big. Alias, este fato é só uma referencia, pois houveram muitos
casos durante estas ultimas semanas.
Não podemos tratar as vitimas como culpados, pois os
calouros se submetem impulsionados pelo medo da retaliação e da não aceitação
no grupo que irão entrar por quatro, cinco, seis anos.
Os culpados são na ordem, as autoridades e os sádicos que
permitem ou praticam tais atos.
A solução? A solução é simples. O Reitor da Universidade baixa portaria proibindo e abre sindicância para identificar e punir os participantes (os veteranos) e as autoridades públicas adotam as medidas legais quanto perturbação da ordem pública.
A solução? A solução é simples. O Reitor da Universidade baixa portaria proibindo e abre sindicância para identificar e punir os participantes (os veteranos) e as autoridades públicas adotam as medidas legais quanto perturbação da ordem pública.
Mas ainda restam os pais dos estudantes “calouros”, que não
devem aceitar que seus filhos sejam submetidos a tal prática.
Por fim, uma sugestão aos DCE´s (Diretório Central dos
Estudantes) e os CA´s (Centro Acadêmicos), que incentivam ou se omitem quanto
ao caso.,Promovam o trote solidário, para que os calouros não sejam humilhados
e ainda contribuam para sociedade. Alguns CA´s o fazem, basta o restante seguir
o exemplo.